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sábado, 15 de maio de 2010

CN Auto investe em Towner e Topic para abrir caminho para chinesas

TownerCN Auto quer vender 5 mil unidades de Towner
e Topic (Foto: Daigo Oliva/G1)

Todas as fichas da CN Auto foram lançadas nas marcas chinesas. A importadora oficial das vans Topic, da Jinbei, e minivan Towner, da Hafei Motor, tem projeto audacioso para este ano no Brasil: vender no atacado 5 mil unidades das duas marcas — no ano passado a importadora chegou a 1.728 unidades — e trazer a também chinesa Great Wall para o Brasil. A estreia está prevista para o Salão de São Paulo, em outubro, com a chegada de três modelos.

À frente da estratégia de negócio está o novo diretor geral da CN Auto, Ricardo Strunz, que assumiu o cargo nesta semana. Há mais de 30 anos no setor automobilístico, o executivo foi gerente da Divisão de Vendas Exportação da Volkswagen, gerente executivo de Importação e de Exportação da Autolatina, gerente de Desenvolvimento de Marca e Operacional de Vendas da Ford Motor Company (USA), diretor de Vendas e Marketing da Ford Brasil, diretor de Vendas Mercado Externo e de Planejamento Estratégico da Fiat Automóveis, entre outros cargos.

Em entrevista ao G1, Strunz afirma que a empresa procura nichos do mercado brasileiro pouco explorados para expandir as operações no país, como é o caso das minivans. Outro segmento que considera importante é o dos comerciais leves, com destaque para SUVs e picapes médias.

TownerTowner é alternativa de transporte
coletivo (Foto: Daigo Oliva/G1)

Segundo ele, além da Great Wall, outros acordos com fabricantes chinesas são trabalhados. “Se tem uma coisa que aprendi foi ter a paciência chinesa. Quando eles pensam em um negócio, analisam com calma, porque o tempo para eles é relativo. Então, aos poucos vamos trazer novas marcas. Nossa visão é de logo prazo”, afirma Strunz.

Visão não somente da CN Auto, hoje com 60 concessionárias. A empresa já tem fortes concorrentes oriundos do outro lado do mundo, como as chinesas Chery, Chana Motors, Effa Motors (Changhe) e JAC Motors (Jianghuai Automobile) e a indiana Mahindra. A JAC Motors, por exemplo, é fruto de um contrato de dez anos fechado entre a Jianghuai Automobile Co. e o grupo brasileiro SHC, o mesmo que trouxe a Citroën para o Brasil, e envolve US$ 100 milhões.

Para Strunz, o Brasil atrairá ainda mais fabricantes, porque conquistou a confiança dos investidores com a estabilidade econômica, diferentemente da Rússia, que já é considerada o elo mais fraco do Bric — o grupo de economias em ascensão formado por Brasil, Rússia, Índia e China.

Leia a seguir os principais trechos da entrevista

G1 — A CN Auto tem plano para aumentar as vendas no Brasil de 1,7 mil unidades para 5 mil neste ano. Em que baseiam essa expansão?
Ricardo Strunz — A CN Auto é uma controladora nova, de dois anos e meio, que tem a representação das marcas e as expande em segmentos que não são explorados ainda no Brasil pelas fabricantes já instaladas. É o caso das  minivans, minicarros e mini caminhões. É um nicho cada vez mais importante quando você enfrenta o caos que as grandes cidades produzem em movimentação de mercadorias e de pessoas. O objetivo é adicionar outras possibilidades de oferta, então estudamos trazer outras marcas e produtos. Brasileiro adora uma novidade.

Wingle Great WallPicapes da Great Wall estão no foco de novos
negócios para este ano  (Foto: Divulgação)

G1 — Quais são as marcas em negociação?
Ricardo Strunz — Estamos em negociações avançadas com a quarta maior produtora da China, a Great Wall. Queremos atuar no segmento de comerciais leves, como SUV e picapes médias, e veículos de nicho. Achamos que as marcas novas devem entrar em segmentos que não existem aqui, para depois trazer produtos que concorram com os locais.

G1 — E por que trazer marcas chinesas mesmo com o preconceito que existe no país em relação aos produtos "made in China"?
Ricardo Strunz — Vejo esse preconceito como herança de alguns produtos de origem chinesa, que criaram uma imagem distorcida do que era a China. Mas o que vem hoje está em outro nível, tanto é que muitos carros fabricados em outros países possuem peças chinesas. A China daqui sete anos será um grande player mundial no setor automobilístico. Foi o que aconteceu com as montadoras chinesas e sul-coreanas.

G1 — Quando a Great Wall chega ao Brasil?
Ricardo Strunz — O objetivo é apresentar os carros no Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro. As negociações estão adiantadas, mas não fechadas. Se tem uma coisa que aprendi foi a ter a paciência chinesa. Quando eles pensam em um negócio, analisam com calma, porque o tempo para eles é relativo. Então, aos poucos vamos trazer novas marcas. Nossa visão é de logo prazo.

G1 — E quais são as outras em negociação?
Ricardo Strunz — No momento, não posso falar. E nem quais modelos da Great Wall iremos trazer.

G1 — Alguma dessas empresas pretende instalar fábrica no Brasil?
Ricardo Strunz —
Por enquanto, não. Esta não é uma decisão nossa, isto tem que partir dos fabricantes. Mas na minha opinião, acredito que venha. Ninguém pode ignorar o Brasil. A Europa tem previsão de recessão pura este ano, com o mercado automobilístico caindo. Os Estados Unidos se recuperam, mas ainda com números muito baixos. A Rússia enfraqueceu e não é mais um mercado promissor dentro do Bric. Então, o mundo se voltará para China, Brasil e Índia.

G1 — A CN Auto pretende investir em alguma marca indiana?
Ricardo Strunz — Ainda não, mas já tem grupos indianos no Brasil, até em outros segmentos de mercado, como petroquímica e consultorias. Se você for ver, já tem grupo indiano (Tata Motors) dono de marcas como Jaguar e Land Rover. As pessoas compram esses carros e nem sabem que pertencem a uma empresa indiana.

G1 — Então o foco da CN Auto mesmo é explorar o potencial dos produtos chineses?
Ricardo Strunz — Exatamente.

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