Uma semana após a liberação da venda do modelo Corolla em Minas Gerais, concessionárias da Toyota no Estado relatam que a procura pelo carro está alta, apesar de os consumidores estarem mais questionadores.
A venda do carro havia sido proibida pelo Procon, que indicou que o tapete solto do Corolla travou o acelerador de alguns carros de Belo Horizonte, causando aceleração involuntária e acidentes.
Na cidade, gerentes e vendedores afirmaram que a proibição de venda, que vigorou mais de duas semanas, reprimiu a demanda e atraiu clientes às concessionárias.
Em uma das lojas, foram vendidos 20 carros em cinco dias -a média é de 100 veículos por mês. Outra loja investiu agressivamente em música e banners por toda a fachada com propagandas.
Ao mesmo tempo, os clientes têm feito mais perguntas e pedido para ver detalhes do tapete e do acelerador. Nanci Marchesi, gerente de uma das lojas, disse que um folder é distribuído com dicas de segurança. "Mas, como brasileiro não gosta muito de ler, a gente reforça na hora da entrega", afirmou.
Dono de um Corolla, o administrador de empresas João Paulo Sena, 31, foi buscar ontem seu exemplar do novo modelo do carro. Ele é uma das pessoas que afirmam ter tido problemas com o acelerador. O pedal travou duas vezes, uma delas na estrada, e ele teve que puxar por trás com o pé.
Sena contou que só decidiu comprar um novo Corolla após a Toyota chamá-lo para uma apresentação de um engenheiro para explicar como evitar o problema. Além disso, ganhou um bom desconto e um financiamento especial. "Fiquei convencido", disse o consumidor.
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