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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Etanol aditivado abre novo campo de negócio no Brasil

João Abreu diretor da ShellDireror de operações e vendas da Shell,
João Alberto Abreu (Foto: Marcos Issa/Divulgação)

Carros fabricados no Brasil já viraram sinônimos de bicombustível. A tecnologia — que permite o uso de etanol e gasolina — já representa quase 90% das vendas de veículos novos no país. Assim, o uso do etanol se tornou mais do que uma bandeira ecológica do governo brasileiro. Hoje, ele é um novo campo de negócio que vai além da indústria sucroalcooleira. Há dois anos, a Shell decidiu iniciar estudos nesse mercado e, agora, lança uma nova geração de combustível, o etanol aditivado.

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A novidade possui detergentes anticorrosivos, antiespessantes e lubrificantes em sua fórmula e tem a mesma função da gasolina aditivada. Além de proteger todo o motor e dissolver resíduos resultantes do processo de combustão, os combustíveis aditivados ajudam a alcançar uma mistura mais homogênea entre ar e combustível, o que melhora o rendimento da energia liberada na combustão.

Para o lançamento do novo produto, a empresa investiu R$ 20,5 milhões, sem contar o custo de pesquisa e desenvolvimento – cifra que a Shell não divulga. O plano de marketing inicial para a distribuição do chamado V-Power Etanol inclui São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. A Grande São Paulo está no topo do plano da empresa: a região terá até o fim deste mês 50 postos com o combustível.

Em entrevista ao G1, o diretor de Operações e Vendas da Shell, João Alberto Abreu, fala sobre as metas da companhia e o pioneirismo no mercado. O executivo também aborda como será o trabalho diante da inevitável chegada de produtos concorrentes, afinal, os sete anos de existência dos modelos flex foram “dominados” pelo potinho de aditivo.

Confira abaixo a entrevista.

G1 — Quando a Shell começou a pensar no aumento da atuação da marca no mercado de etanol e, assim, criar um combustível diferenciado?
João Alberto Abreu — Por trás do lançamento há duas coisas importantes. A primeira é que a companhia tem um posicionamento claro de fornecer produtos diferenciados para carros, o que já é visto com a gasolina V-Power. A outra é um entendimento do que acontece com o mercado. Começamos a trabalhar com o produto em 2008 e lá atrás vimos a tendência clara de crescimento do etanol na matriz energética brasileira. Agora, em 2010, as projeções que fizemos se confirmaram.

G1 — Qual é a projeção deste mercado nos próximos anos para a Shell?
João Alberto Abreu — A nossa previsão é que em 2013 o volume de vendas do etanol será equivalente ao da gasolina, 50% e 50%. Hoje o etanol corresponde a 28% das vendas.

G1 — O sucesso do veículo flex está na liberdade dada ao consumidor para optar pelo combustível com maior vantagem no preço. O senhor acredita que o brasileiro está disposto a pagar por um etanol aditivado, relativamente mais caro?
João Alberto Abreu — Cerca de 90% dos veículos vendido no Brasil são flex e sabemos que o consumidor brasileiro busca aditivos para proteger o veículo. Na nossa pesquisa para o lançamento do produto descobrimos que 74% dos clientes mostraram interesse em experimentar etanol aditivado. É uma tendência de mercado. Do ponto de vista do consumidor, há um grande interesse em ter produtos diferenciados para o etanol.

"Temos que levar em consideração que a concorrência tem os seus produtos, mas o que temos de vantagem é o pioneirismo."

G1 — Qual será a diferença de preço do etanol comum para o aditivado?
João Alberto Abreu — Será um percentual na mesma proporção da gasolina aditivada, que tem preço de 6% a 7% mais alto do que o da comum.

G1 — Qual é o mix de vendas previsto para o impacto inicial no mercado?
João Alberto Abreu — Fechamos 2009 com penetração da gasolina V-Power de 32%, ou seja, para cada 100 litros vendidos, 32 litros foram de V-Power. No primeiro momento, essa é a nossa meta para o V-Power Etanol.

G1 — Logo a concorrência lançará produtos similares. A Shell está preparada?
João Alberto Abreu — Temos que levar em consideração que a concorrência tem os seus produtos, mas o que temos de vantagem é o pioneirismo. Tudo a ver com a postura da companhia em investir muito na qualidade dos combustíveis. A gente também tem como laboratório a Fórmula 1 e investimos no automobilismo. Todo o plano de marketing do lançamento tem foco nisso. A Shell será patrocinadora da nova categoria de competição, apadrinhada pelo Felipe Massa, a Racing Festival. Vamos abastecer todos os carros das categorias da competição.

G1 — O plano de marketing começa em São Paulo e depois passará para Rio de Janeiro e Bahia. Por que Minas Gerais ficou de fora do plano inicial, já que também se trata de um grande mercado?
João Alberto Abreu — São Paulo já tem 50 postos com o combustível na região da Grande São Paulo. A nossa previsão é que os postos da cidade do Rio de Janeiro e de Salvador passem a vender o produto a partir de agosto, em um total de 500 estabelecimentos. Há grande participação de vendas nestes lugares, concentrados principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro, que representam 70% da demanda. É muito concentrado. Por isso, distribuiremos o etanol aditivado em Minas Gerais apenas no ano que vem.

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