Toyota tem 30 dias para enviar documentos (Foto: Reuters) Um júri federal norte-americano decretou nesta sexta-feira (28) 30 dias para que a fabricante de veículos japonesa Toyota entregue a maior parte dos documentos solicitados à montadora sobre os defeitos técnicos que provocaram o recall de milhões de veículos no mundo.
No sistema judiciário dos Estados Unidos, os grandes júris decidem se existem ou não provas suficientes para justificar a acusação e a abertura de um processo. A maioria das ações judiciais alegam que as causas da aceleração involuntária em alguns modelos ainda não foram identificados.
Dois integrantes do júri afirmaram que a análise preliminar das 125 mil páginas de documentos internos entregue ao Congresso e aos órgão de segurança veicular norte-americanos sugerem que a Toyota "consistentemente descartou a possibilidade" de falhas eletrônicas durante anos e não fez uma avaliação aprofundada do problema.
O órgão do governo americano de segurança nas estradas (NHTSA) afirmou esta semana que, subiu para 89 o número de mortes que podem estar relacionadas a acidentes de carros devido à aceleração involuntária dos veículos. O último levantamento divulgado apontava 52 vítimas fatais.
A Toyota disse que está ciente de cerca de 230 processos arquivados em todo o país por danos pessoais, morte injusta e perdas econômicas decorrentes dos acidentes. A montadora disse ainda que enfrentacerca de 100 outros processos em vários tribunais estaduais de todo o país. Todos os processos aguardam o julgamento do júri norte-americano. A próxima audiência foi marcada para 23 de junho e de acordo com secretário de Transportes, Ray LaHood, há a possibilidade de outra multa ser aplicada.
Toyota já pagou multa de US$ 16,4 milhões
O pagamento da penalidade, no valor máximo permitido pela legislação de segurança automotiva, aconteceu dois dias antes do diretor de vendas da Toyota nos Estados Unidos, Jim Lentz, se apresentar ao comitê do Congresso que investiga os recalls da montadora.
Ao pagar a multa conforme esperado, a Toyota admitiu ter agido de forma incorreta quanto ao recall por problemas nos aceleradores.
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